quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Por quanto tempo uma pessoa consegue ficar sem dormir?


   O número de horas que uma pessoa aguenta ficar sem dormir é  bastante variável e difícil de ser avaliado cientificamente. O RankBrasil, livro dos recordes brasileiros, registra que a pessoa que conseguiu se privar do sono por mais tempo foi o locutor de uma rádio de Campinas, Beto Café, que permaneceu 109h21 horas acordado, fazendo transmissões ao vivo durante 106h41, em julho de 2007.
   O Guinness Book de recordes mundiais não considera mais tentativas do gênero por acreditar que a prática seja muito perigosa. O último recorde registrado foi de um finlandês. Toimi Soni, passou 276 horas sem dormir, garantindo o lugar no livro até 1989. Não é preciso uma grande privação de sono para que o corpo comece a responder de forma negativa. Uma pessoa que costuma dormir 8h por noite quando dormir 6h já sentirá uma queda de rendimento ao longo do dia.
   O sono tem papel fundamental na capacidade de aprendizado e no processo de consolidação da memória.  Enquanto dormimos o organismo produz hormônios e substâncias importantes para o corpo que só ocorrem neste momento de repouso. Além disso, o cérebro aproveita para fazer um "back up" das coisas que aprendeu e percebeu durante o dia.Quem se priva do sono deixa de aproveitar o máximo de sua capacidade cognitiva. Mesmo a pessoa que permanece sem dormir por vários dias, acaba tirando cochilos sem perceber e pode estar, na verdade, "dormindo acordada".

Fonte: Portal Terra Online

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

40% da população mundial têm problemas para dormir bem


Falta de sono ou dificuldade para dormir é um problema que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Na maioria das vezes, o grande vilão da perda do sono são os problemas do dia a dia que surgem de acordo com o ritmo de cada um.

Pesquisas apontam que dormir é muito importante, pois além de evitar o estresse, evita que outros problemas de saúde apareçam. As pessoas que têm dificuldade para dormir são aquelas que possuem intensa atividade mental, e a primeira dica para quem deseja dormir bem é desligar os pensamentos.
De acordo com uma pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, pessoas com dificuldade para dormir são duas vezes mais propensas a sofrer problemas de memória na velhice, característicos da doença de Alzheimer. Cerca de 40% da população mundial têm a queixa de não dormir bem. A explicação é que a sociedade atual ajuda a gerar insones devido a todas as possibilidades de atividades nas 24 horas do dia. Além disso, algumas pessoas vêem o sono como uma forma de ‘perder tempo’ ou ser ‘passada para trás’. Pacientes com insônia estão em maior risco de depressão, ansiedade, alcoolismo, acidentes automobilísticos e industriais, absenteísmo no trabalho/escola, maior consumo de medicamentos e pior desempenho no emprego. O convívio familiar também fica comprometido nos pacientes com este quadro.

A insônia, assim como outros distúrbios, está associada às consequências diurnas, ou seja, aquilo que causa prejuízo no funcionamento laboral/estudantil ou social (desatenção, irritabilidade, cansaço, desânimo). A alimentação (café, refrigerantes do tipo cola, guaraná, chá-verde, chá-preto ou mate, chocolates) e determinados remédios (pricipalmente se tomados depois das 15 horas), também podem interferir na qualidade do sono das pessoas. Na outra ponta da linha, alguns alimentos ajudam a melhorar o sono: maracujá, chá de camomila e erva-cidreira, alface e leite morno.

Fonte: Gazeta do Estado

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Estratégias para conseguir acordar mais cedo e ser produtivo pela manhã


Após ter contato com uma pesquisa norte-americana que constatou que pessoas matinais têm um nível de sucesso maior do que as outras, Christian Barbosa, autor de diversos livros sobre administração do tempo e produtividade, resolveu fazer o teste. Passou a acordar uma hora mais cedo e teve que concordar: essa hora adicional no dia faz muita diferença.
— A questão não é só acordar mais cedo, mas o que você pode fazer nesta hora a mais. No meu caso, a hora extra foi super positiva para dar andamento a algumas coisas importantes, como a leitura de alguns livros, a preparação de relatórios da minha empresa, pensar na estratégia da empresa — relata.
A hora extra não precisa ser usada necessariamente para trabalhar. Pode-se fazer um esporte ou meditar. “Em alguns dias, eu aproveitei e fui para o tênis. Descobri que durante o jogo meu corpo não tem o mesmo rendimento pela manhã, porém ao longo do dia, o exercício logo cedo faz muito bem” — conta.
Quem se propõe a acordar mais cedo para tocar suas atividades mais importantes, tem uma série de vantagens, segundo o consultor. Primeiro, porque o período da manhã, em geral, contém poucas chances de você ser interrompido. Segundo, porque se você teve uma boa noite de sono, está recuperado, e isso ajuda você e seu cérebro a pensarem melhor, tomar boas decisões e ter boas ideias.
Há uma questão de biorritmo altamente individual, onde cada pessoa sabe o seu melhor período para ser produtiva. Tirando essas pessoas, que nunca serão produtivas pela manhã, Barbosa identificou alguns macetes que podem ajudar a conseguir acordar mais cedo. Confira as dicas:
1. Ache um propósito — se não tiver um motivo forte para acordar mais cedo, você simplesmente não vai levantar no horário. Se você precisa praticar exercícios, por exemplo, e esse seria o único horário disponível, estabeleça esse propósito na sua mente. Pense sempre nos resultados que levantar naquele horário poderá trazer para sua saúde.
2. Faça esporte à noite — se você se exercitar corretamente antes de dormir, terá um sono mais recuperador e terá mais disposição durante a manhã. Lembrando que a atividade física a noite deve ser realizada até 3 horas antes de deitar para dormir.
3. Discipline seu corpo a dormir um pouco mais cedo — não adianta querer dormir uma hora mais cedo, vai ser quase impossível. Agora se você for dormir 15 minutos antes do seu horário, em alguns dias conseguirá disciplinar seu corpo a antecipar seu sono, e assim gradativamente.
4. Durma bem — sem uma boa noite de sono, será impossível acordar cedo, pois provavelmente estará cansado. Existem várias soluções, a primeira é aliviar sua cabeça. Aplicativos para smartphones tocam musiquinhas feitas para ativar seu sono profundo. Há quem escreva para limpar a mente. Em alguns casos, você terá de consultar um médico, existem patologias simples de resolver, mas prejudicam seu sono se não forem tratadas.
5. Prepare seu ambiente — já foi comprovado que as pessoas que desligam a TV e o computador pelo menos 45 minutos antes de deitar têm maior facilidade para dormir. Isso, aliado a um quarto escuro, ajuda a estimular seu sono, devido a reações químicas no seu cérebro. Faz parte do seu ambiente também um bom colchão e um bom travesseiro.
7. Coloque seu despertador longe — colocar o despertador longe obriga a levantar para desligar. Outra coisa que pode ajudar é colocar dois ou três alarmes diferentes.
8. Crie sua rotina — não existe uma receita de bolo, cada corpo reage de forma diferente e, para se adaptar, é preciso dar tempo ao tempo, ou seja, não adianta acordar cedo hoje, pular amanhã e voltar depois. É preciso dar rotina ao seu corpo.

Fonte: Zero Hora / bem-estar 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sono está ligado a 30% das mortes em acidentes graves no trânsito


Café e energéticos são métodos pouco eficazes para se manter desperto na estrada.

No Brasil há, hoje, cerca de 40 milhões de carros nas ruas. Ao mesmo tempo em que o mercado quatro rodas cresce, os índices preocupam. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), 30% das mortes ocasionadas em rodovias brasileiras são causadas por motoristas que dormem ao volante, representando 20% do total de acidentes envolvendo veículos no país.

A desatenção ao volante é uma das principais consequências de uma noite mal dormida. É fundamental que o indivíduo esteja com o sono em dia antes de pegar a estrada. A privação das horas de descanso provoca a redução da capacidade de raciocínio, a perda dos reflexos, além da sensação de fadiga, que pode resultar em pequenos cochilos.

É importante que as pessoas tenham em média um período de sete a oito horas de sono por dia. Consumir café, energéticos ou mesmo molhar o rosto durante o trajeto são métodos pouco eficazes no combate ao sono. Quando o condutor sentir que o sono chegou, a melhor opção é parar o carro e tirar uma soneca.


Fonte: Zero Hora / bem-estar

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dormir bem melhora QI de crianças



Uma noite ruim de sono não afeta somente os adultos. Garantir que a criança esteja preparada para conseguir realizar as atividades cotidianas com boa condição física e mental requer muito mais do que prestar atenção em como ela se porta durante o dia. Não se pode avaliar a saúde da criança só pelo estado de vigília dela, pois, na verdade, os problemas do sono são muito mais intensos e mais difíceis de serem descobertos.
Um dos grandes inimigos do bom sono infantil, e consequentemente do bom desempenho escolar, são as doenças respiratórias. Elas aumentam o número de despertares, fazem com que a criança acorde muito. Nesse caso, não é mais a quantidade de sono que deve ser avaliada, mas a qualidade. Crianças também podem sofrer com as conseqüências de falta de sono.  O sono é um estado da vida da pessoa extremamente importante devido às funções que desempenha e, se é cronicamente abalado, traz problemas sérios
Sonolência em excesso pode não ser o único prejuízo para o seu filho se ele não dorme bem à noite. Estudos conduzidos por pesquisadores na área da medicina do sono mostram que dormir bem auxilia na atenção, no comportamento e, inclusive, no bom desempenho intelectual. É o caso de uma pesquisa realizada por cientistas do Canadá, que relacionou crianças em idade escolar com sonos curtos a performances fracas nos testes de Quociente de Inteligência (QI) respondidos por elas.
Estudos mostram que dormir menos de 4 horas por noite por muito tempo pode acarretar doenças clínicas e distúrbios psiquiátricos. Também, a sonolência excessiva diurna, ou seja, pessoas que dormem bem à noite e mesmo assim ainda tem facilidade em cochilar em várias situações durante o dia, não é normal e deve ser pesquisada. O sono das crianças não é igual ao sono dos adultos. Para elas, até os 5 anos de idade, cochilos alternados ao longo do dia são absolutamente normais. Mas você sabe qual é média do tempo de sono necessário em cada uma das faixas etárias da criança? 
Confira:

• Recém-nascida até os 3 meses: 16 horas.
• 4 meses: 14 a 15 horas.
• 6 meses: 13 a 14 horas.
• 1 a 3 anos: 12 horas.
• 3 a 6 anos: 11 horas.
• 7 a 12 anos: 9 a 10 horas.
• Certas crianças precisam de mais ou menos tempo.

Devido a tantas complicações, a saúde das crianças não pode ser deixada de lado quando o assunto é sono. Os pais devem ficar alerta às alterações para comunicar o médico, que deve avaliar e orientar a família para garantir que essa criança não venha apresentar outros problemas no futuro.

Fonte: Núcleo de Estudos sobre o Sono da SBP

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ler tablets antes de dormir prejudica o sono


Ler antes de dormir é uma ótima forma de fazer o sono chegar. A mente vai relaxando à medida que a história avança, o corpo relaxa e os olhos vão se fechando. Com os tablets não é assim que acontece. O Centro de Pesquisa da Luz do Instituto Politécnico Rensselaer, nos EUA, descobriu que após duas horas de interação com um tablet, nossa melatonina é reduzida em 22%. Essa substância é o hormônio responsável em avisar o corpo de que já é noite, por isso a luz do aparelho atrapalha tanto. Essa supressão da melatonina é resultado do avanço tecnológico. As telas de nossas televisões, computadores e celulares nunca foram tão grandes e brilhantes.  Jovens e adolescentes são ainda mais suscetíveis à dificuldade de dormir, pois, de acordo com o Centro de Pesquisa, eles são naturalmente mais despertos durante a noite. Então, de acordo com a pesquisa, se sua intenção é dormir bem, o que dá resultado mesmo é ler o bom e velho livro.

Fonte: Revista Galileu

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CPAP: um tratamento eficaz contra Apneia do Sono


O CPAP (sigla para Contiunous Positive Airway Pressure - Pressão Positiva Contínua Nasal) funciona normalmente como um tratamento ou terapia para pessoas que têm problemas respiratórios como a apneia do sono. Consiste em um equipamento (uma máscara portátil no nariz ou face) com um dispositivo pressórico, ou seja, uma turbina interna que trabalha com fluxo positivo e constante de ar para manter as vias aéreas desobstruídas com conforto e alívio de pressão durante a expiração. Utiliza o próprio ar ambiente e proporciona ao paciente uma respiração semelhante à natural.

Quanto maior o tempo de uso do CPAP, menores são os eventos de apnéia durante o sono e melhor para a saúde do indivíduo. Alguns modelos possuem recursos de cartão de memória para o acompanhamento a longo prazo do paciente.


Fonte: Lumiar Saúde

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Narcolepsia


A narcolepsia é um distúrbio do sono, caracterizada pelo excesso de sonolência durante o dia. Esse episódios ocorrem mesmo quando a pessoa teve uma boa noite de sono. O principal sintoma é a sonolência. Os ataques de sono ocorrem em situações e lugares inusitados como em pé, dentro do ônibus, no carro enquanto se está dirigindo ou até andando nas ruas. Tarefas comuns que exigem concentração também podem despertar as crises.
Muitas pessoas confundem a narcolepsia com outras doenças. As primeiras crises normalmente são desenvolvidas na adolescência, o que faz com qua a doença não tenha tanta atenção pelo ritmo agitado que ocorre nessa faixa etária. Nas crianças, a doença pode causar um baixo rendimento escolar, consequencia do excesso de sono durante o dia. É comum portadores de narcolepsia passarem a vida inteira sem perceber que tem a doença. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes da vigília e que pode prolongar por toda a vida.

Conhecendo a doença:
O sono normal começa com o desligamento muscular (fase do sono de ondas lentas). Após essa etapa, a pessoa entra na fase do sono REM, (onde a atividade do cérebro é intensa e os olhos se movimentam). Os portadores de narcolepsia passam pela etapa do sono de ondas lentas e entram direto, subitamente, na de sono REM. A cataplexia (perda súbita e reversível da força muscular durante a vigília) é o único sintoma patognomônico da narcolepsia. Os outros mais comuns são: a sonolência diurna, anormalidades do sono REM, paralisia muscular e até algumas alucinações. Para o diagnóstico é necessário fazer a polissonografia e o teste de latências múltiplas do sono. O tratamento pode ser feito com remédios indicadas por um médico especialista.
A narcolepsia não é uma doença grave, mas pode trazer risco de vida às pessoas que dirigem, por exemplo, por isso é tão importante o diagnóstico da doença. E lembre-se: ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias que induzem o sono pode piorar o quadro clínico de um paciente. Procure seu médico regularmente.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Apneia Obstrutiva do Sono

A Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma síndrome na qual ocorre resistência das vias aéreas superiores à passagem aérea durante o sono, que leva à parada ou à redução do fluxo respiratório, podendo levar à despertares breves, fragmentação do sono e em última análise eventos isquêmicos (cardíacos e/ou cerebrais). Considera-se patológico o índice de apneia-hipoapneia do sono superior a cinco eventos por hora de sono.

A pessoa deve suspeitar da doença, em primeiro lugar, quando há a presença de ronco. Geralmente ocorrem crises intensas que são percebidas pelos parceiros (as). A associação de roncos intensos e de pausas respiratórias testemunhadas tem uma sensibilidade e especificidade grande na suspeita diagnóstica da SAHOS. A obesidade, ou o sobrepeso, também são agravantes e também determinantes da síndrome.
A hipertensão arterial é a conseqüência cardiovascular mais bem estudada e deve ser questionada em caso do suspeita de SAHOS. Outro sintoma cognitivo muito prevalente é a sonolência excessiva diurna, entretanto, como é uma queixa subjetiva, pode variar de acordo com cada pessoa. Possivelmente, a sonolência excessiva está associada às outras alterações cognitivas. Distúrbio de atenção e concentração, queixas de alteração de memória e humor alterado são comuns em pacientes com SAHOS. Entretanto, a doença pode levar a diversas outras conseqüências, como o aumento de risco de acidentes de trânsito, de trabalho e domésticos. É possível que tais alterações sejam responsáveis pelo aumento de ocorrência de eventos isquêmicos (doença coronariana e acidente vascular encefálico) e pela insuficiência cardíaca a longo prazo.

O exame físico de um paciente com SAHOS e outros distúrbios do sono pode incluir a avaliação da oclusão dentária, a inspeção da cavidade oral com observação da posição relativa do palato e língua, a inspeção da língua, exame de orofaringe, rinoscopia e o exame da válvula nasal. A polissonografia é o exame mais importante para diagnosticar a apneia e distúrbios do sono em geral, mas outros exames também podem ser úteis em alguns casos.

O principal tratamento para a doença em adultos é o uso de aparelhos de pressão positiva contínua nas vias aéreas superiores (CPAP) durante o sono. Antes do início do tratamento, deve ser realizado um exame para se determinar qual a pressão ideal para controlar os eventos respiratórios obstrutivos. Já em alguns casos, o uso de aparelhos intra-orais pode reduzir a frequência de eventos obstrutivos e melhorar a oxigenação corpórea. Em crianças, a etiologia da apneia obstrutiva do sono é frequentemente relacionada à hipertrofia de amígdalas e adenóides, sendo que, nesse caso, a cirurgia é a primeira escolha.


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do sono

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tratamentos com Toxina Botulínica


Há muito tempo a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, vem sendo usada para fins estéticos, mas não é só para isso que ela serve. Aprovada pela Anvisa em 1992 e regulamentada pela lei 9656/98, o uso da toxina revelou-se uma alternativa segura e efetiva para os tratamentos terapêuticos, se indicado corretamente e realizado por um médico com treinamento adequado. A toxina provoca o relaxamento muscular e bloqueia de forma transitória a transmissão neuromuscular. Dependendo da patologia e principalmente da sequela motora, o tratamento pode ser repetido a critério do médico, respeitando o intervalo mínimo de três meses, no sentido de evitar a formação de anticorpos. O tratamento terapêutico possibilita ainda às pessoas, novas experiências de movimentos para uma reeducação mais próxima da funcionalidade. Veja a seguir as principais vantagens, indicações e contraindicações:


Vantagens
Fácil de administrar
Boa difusão intramuscular
Reduz o uso de medicamentos antiespásticos
Melhora as atividades funcionais dos pacientes                 
Pode ser administrada sem anestesia
Não apresenta complicações significativas
Pode retardar ou evitar procedimentos cirúrgicos


Indicações:
A indicação depende da necessidade funcional e da possibilidade real de ganhos para o paciente. Ela pode ser usada como modalidade terapêutica isolada ou associada a outros tratamentos.
A ANVISA, (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprova o uso da toxina botulínica como tratamento médico reabilitador que pode ser usada:

- em dor de cabeça crônica (o efeito não é imediato, mas reduz a intensidade das dores gradativamente após alguns dias do tratamento);
- na contração involuntária da musculatura (o produto ajuda em diversas regiões como a face, pescoço ou coluna cervical);
- no controle da hiperidrose (transpiração excessiva de algumas partes do corpo como palmas das mãos, pés e axilas);
- no aumento do tônus muscular (problema que ocorre quando há espasticidade muscular e que compromete a realização de tarefas diárias);
- em pacientes vítimas de AVC (melhora da dor e espasticidade);
- em pacientes vítimas de TRM (traumatismo raquimedular- lesões medulares)
- em sequelas motoras com predomínio de espasticidade em portadores de paralisia cerebral;
- sialorréia (excesso de salivação) e alguns distúrbios da movimentação ligados à doença de Parkinson;
- bruxismo (é feita a contração excessiva que provoca o fechamento da mandíbula e das arcadas dentárias);
- em distonias cervicais associadas à dor, oro mandibulares, e hemifaciais;
- câimbra do escrivão.


Contraindicações
Gestantes ou mulheres durante o aleitamento materno;
Alergia conhecida ao medicamento;
Miastenias graves (doença neuromuscular que causa fraqueza);
Coagulopatias associados (doenças hemorrágicas);
Infecções no local da aplicação.


Fonte: Laboratório Allergan

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Despertar Confusional e Terror Noturno


O despertar confusional é caracterizado por episódios de confusão mental durante ou depois o despertar do sono sem a ocorrência de terror, saída da cama ou caminhar. Os episódios normalmente ocorrem após o sono de ondas lentas, últimos estágios do sono. São mais comuns em crianças menores de cinco anos e se tornam mais raros na adolescência. Raramente ocorrem em adultos.

Já o terror noturno consiste em movimentos agressivos, sentar durante o sono e emitir um grito de terror ou até mesmo de mostrar características comportamentais de terror agudo. Podem ocorrer crises de falta de ar e sudorese. Feridas, lesões e até fraturas podem ocorrer como conseqüência. Assim como no despertar confusional, também ocorre em crianças entre cinco e sete anos de idade, tendendo a desaparecer na adolescência, sendo bem raro em adultos.  O paciente que sofre com esse tipo de distúrbio, geralmente é incapaz de se lembrar do acontecido.
As causas do terror noturno ainda são desconhecidas. Mas a ansiedade extrema, o estresse e situações de conflitos facilitam o aparecimento tanto do terror noturno, quanto o do despertar confusional. Em crianças, a precipitação de eventos traumáticos e distúrbios emocionais podem contribuir para o desenvolvimento das doenças.
Como tratamento para ambos os distúrbios, deve-se incentivar a regularidade e os horários de dormir/despertar evitando a privação de sono. Quanto maior pontualidade dos horários, menor é a freqüência desses problemas. Outra medida é evitar alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros alimentos de difícil digestão à noite. Psicoterapia a longo prazo e hipnose, frequentemente são utilizados.


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Principais alterações no sono em um paciente com depressão


As alterações no sono secundárias ou associadas à depressão podem variar em função: da idade, da gravidade e duração do quadro clínico, da fase do tratamento e etc. Elas não costumam ser específicas e podem ter uma sensibilidade estimada em 70% para o reconhecimento da depressão. Entretanto, quando as alterações na polissonografia ocorrem, diferenciam claramente pessoas normais daquelas com depressão, mas podem ser similares aos achados em outros transtornos psiquiátricos. 

Alguns autores sugerem que tais alterações sejam consideradas marcadores de estado ou de traço. Outros argumentam que as alterações do sono REM podem ser marcadores de vulnerabilidade e de resposta ao tratamento. Depressão pode levar à insônia ou, menos freqüente, à sonolência excessiva diurna. Na polissonografia, observa-se uma latência encurtada para o sono REM, com maior concentração de tal estado na primeira metade da noite e deslocamento consequente do sono de ondas lentas para a segunda metade da noite, situação inversa àquela fisiológica. Além disso, a eficiência do sonho pode estar reduzida por despertares durante a noite, e ainda despertares precoces pela manhã.


Fonte: Revista 50 FAQ –Distúrbios do Sono

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A saúde do seu sono


Todos sabem que nenhuma mente funciona direito sem uma boa noite de sono, mas ainda não se sabe exatamente a função do sono. Várias funções têm sido atribuídas baseadas em estudos com imagens funcionais. Uma hipótese bastante forte é a de que, nos primeiros anos de vida, o sono tenha um papel importante na maturação do sistema nervoso central. Outra é que ele sirva para reposição de energias. A ativação e desativação de determinadas áreas cerebrais cujas funções são conhecidas e associadas a estudos de privação do sono sugerem que tanto o sono de ondas lentas quanto o sono REM possuem importante papel na memória. Um número maior de estudos sugere que o sono REM é importante na consolidação dos processos de aprendizado e memória. Sabe-se, ainda, que as áreas relacionadas ao sono NREM também estão envolvidas em regulação da temperatura corporal, dos processos autonômicos e da regulação do apetite. É fato que, quando dormimos o hormônio do crescimento é secretado.

Acredita-se ainda que é durante o sono que acontece a transposição da memória temporária para a memória permanente. Nem todos sabem, mas uma noite de sono mal dormida, pode afetar muito os resultados da balança.



O sono ocorre em ciclos que incluem: sono não REM (NREM), ou sono lento, e sono REM. Estes dois estados se alternam durante a noite constituindo os ciclos do sono. Observa-se uma alternância de um período de vigília e um período de sono (cerca de 8 horas), no adulto. Estudos recentes mostram que o período de sono está encurtado na maior parte da população e que pessoas ativas e que mantêm mais contato social, tendem a dormir melhor. Os principais sincronizadores do ciclo de vigília/sono são: a luz solar e o convívio social. Recomenda-se também às pessoas que sofrem de “jet lag” por atravessarem fusos horários diferentes, que se exponham à luz solar do dia no local novo e tentem estar ativas durante o dia, a fim de ressincronizar seu ritmo com o do local novo visitado.

Noites mal dormidas podem ser responsáveis por uma maior incidência de acidentes de trabalho e de trânsito. Se o indivíduo não tiver uma boa noite de sono ele estará propenso a alterações no humor, aumento de peso, risco de doenças cardiovasculares, e consequentemente, diminuição da perspectiva de vida. Para cada noite de sono perdida, são necessárias até duas noites de reposição de sono. Estudos provam que a população está dormindo cada vez menos. A preocupação com o tratamento preventivo deve começar na infância e a Associação Brasileira do Sono apresenta dez mandamentos para você dormir melhor. Veja aqui os mandamentos ou acesse: www.clinicadosonorj.com.br 


Fonte: Revista 50 FAQ –Distúrbios do Sono e Revista Superinteressante Online

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Eletroneuromiografia


Eletroneuromiografia (ENMG) é um exame complementar diagnóstico, que estuda o funcionamento dos nervos periféricos e dos músculos. Ele se divide em duas partes: o estudo da condução nervosa e o eletromiografia. O exame é uma extensão do exame clínico neurológico e fisiátrico.

O  O estudo da condução nervosa é a primeira etapa de eletroneuromiografia convencional. Consiste na aplicação de impulsos elétricos de baixa intensidade nos nervos periféricos com o objetivo de estimulá-los a produzir um potencial de ação que possa ser analisado pelo neurofisiologista clínico. A segunda etapa é representada pelo eletromiografia. Nessa fase, consiste na análise da atividade muscular em repouso e durante a contração.

As principais indicações para o exame são: 
* Doenças do Neurônio Motor (esclerose lateral amiotrófica, poliomielite, atrofia muscular progressiva, atrofia muscular espinhal, doença de Kennedy, Amiotrofia monomélica);

* Doenças das Raízes Espinhais (radiculopatias e polirradiculopatias);

* Doenças dos Plexos (plexopatia braquial e lombossacral, síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica verdadeira);

* Doenças dos Nervos Periféricos (polineuropatias axonais e desmielinizantes, mononeuropatias – Sd. do túnel do carpo, paralisia facial periférica..., trauma de nervos periféricos, mononeuropatias múltiplas);

* Doenças da Transmissão Neuromuscular (Miastenia Gravis, Sd. de Lambert Eaton, botulismo, intoxicação por organofosforados);

* Doenças dos Músculos (miopatias, distrofias musculares e paralisias periódicas).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Síndrome das Pernas Inquietas

A Síndrome das Pernas Inquietas é um distúrbio no qual o indivíduo apresenta uma sensação de desconforto nas pernas, que é aliviada pelo movimento. Ocorrem alterações da sensibilidade gerando agitação motora involuntária dos membros inferiores. Costuma se exacerbar antes de dormir, como conseqüência, o paciente passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado. Em casos mais graves pode chegar a afetar os membros superiores. O diagnóstico é feito pela história clínica e por testes de restrição forçada ou voluntária do movimento. 

Frequentemente, pacientes com Síndrome das Pernas Inquietas apresentam distúrbio de movimentos periódicos de membros durante o sono. Cabe ressaltar, no entanto, que a Síndrome das Pernas Inquietas é um distúrbio da vigília enquanto que o Distúrbio dos Movimentos Periódicos de Membros (DMPM) ocorre durante o sono. A maioria dos pacientes com a Síndrome apresenta distúrbio de movimentos periódicos de membros, no entanto, apenas a minoria dos pacientes com DMPM apresenta a Síndrome. A etiologia da síndrome ainda não está completamente esclarecida. Sabe-se que ela está relacionada à uma disfunção do sistema dopaminérgico. Os principais sintomas da doença são a sensação de desconforto e a necessidade de mover as pernas. A intensidade varia de leve a grave de acordo com cada paciente.

O tratamento e suas complicações:

A síndrome pode ser tratada com medidas comportamentais e farmacológicas (uso de remédios). Os medicamentos dopaminérgicos costumam ser eficazes no tratamento da doença. Alguns antiepiléticos, também são utilizados em algumas ocasiões específicas. A reposição de ferro pode ser eficaz em alguns casos nos quais a deficiência de ferro prejudica a condução dopaminérgica. Medidas comportamentais importantes são a prática do exercício físico e uma boa higiene de sono. Fique atento aos sintomas e procure um médico. A prevenção ainda é o melhor remédio.


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono

Polissonografia



A polissonografia é o exame complementar mais importante para o diagnóstico dos transtornos do sono. Ela consiste no registro de dados relacionados ao sono assistido (durante a noite inteira), com a avaliação de múltiplos parâmetros fisiológicos. Ela tem ainda papel fundamental no diagnóstico diferencial da sonolência excessiva diurna.  Entre os parâmetros inclui-se o registro de variáveis neurofisiológicas e de variáveis cardiorrespiratórias. Também podem ser registrados os roncos e as mudanças da posição corporal.

Os índices percentuais fisiológicos encontrados na Polissonografia normal de um adulto costumam ser: eficiência do sono maior que 85% e latência do sono menor que 30 minutos, entre outros números. No idoso, o exame é usado quando ocorre aumento de microdespertares e/ou redução progressiva do sono. O exame pode auxiliar ainda no diagnóstico diferencial da parassonias, nesse caso, com registro de mais canais e monitoramento por vídeo. O exame é muito útil para monitorização de transtornos de movimentos do sono, tais como bruxismo, movimentos periódicos de membros e etc. 

A polissonografia é indicada para pacientes que apresentam:

- Sonolência Diurna Excessiva;
- distúrbios respiratórios durante o sono como roncos, Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono, etc;
- necessidade do uso do CPAP, aparelho que permite a normalização das apneias durante o período do sono do paciente;
- cirurgia otorrinolaringolica ou bucomaxilar;
- arritmias cardíacas que ocorrem durante o sono;
- distúrbios de comportamento que ocorrem durante o sono como sonambulismo, epilepsias, etc;
- Síndrome de Pernas Inquietas e Movimentos Periódicos dos Membros;
- insônias crônicas;


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono

terça-feira, 17 de julho de 2012

Bruxismo


É um distúrbio de movimento caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono. Pacientes de todas as idades podem adquirir a doença, e no geral é mais observada em mulheres. Está relacionada totalmente ao alto nível de estresse. Nos dias de hoje o bruxismo tornou-se algo relativamente comum, mas não menos incômodo. 

Caracterizado por contrações repetidas e sustentadas dos músculos da mandíbula, o bruxismo ocorre em cerca de 15% da população. O diagnóstico geralmente é feito depois de surgirem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas na mandíbula e maxilar e outros. Por vezes, a polissonografia ajuda a caracterizar melhor o quadro por meio do registro dos movimentos anormais, dos despertares breves associados e seu grau de severidade.
Quanto ao grau, a doença pode ser considerada leve, moderada ou severa, em que ocorrem evidências de danos às estruturas do sistema mastigatório. O bruxismo pode ser primário ou secundário ao uso de drogas e a algumas doenças clínicas ou psiquiátricas.

O bruxismo noturno é um ato inconsciente que envolve movimentos rítmicos semelhantes aos da mastigação, com longos períodos de contração dos músculos mandibulares, podendo ser a causa da dor muscular e da fadiga. Um alinhamento incorreto dos dentes e o fechamento inadequado da boca costumam estar presentes em grande parte dos casos. A cura total para esse problema ainda é desconhecida. Hábitos como mascar chicletes, morder ou apertar objetos devem ser considerados como um vício concomitante do bruxismo e, portanto, eliminados. O portador da doença deve também visitar constantemente o dentista para que seja acompanhado pelo profissional. 

Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Transtornos do sono em idosos

Estima-se que os transtornos do sono afetam em torno de 50% das pessoas com mais de 65 anos. Um grande número de idosos apresenta alterações na qualidade do sono. Os principais transtornos são a insônia, a apneia do sono e o distúrbio dos movimentos periódicos de membros durante o sono. Alguns fatores específicos ocorrem na insônia do idoso: frequentemente, ela é secundária a distúrbios como a nictúria (perda involuntária da urina) e a dor crônica. 

A apneia do sono aumenta de prevalência com o passar dos anos. Alguns fatores relacionados à idade, são: a redução da elasticidade das vias aéreas superiores, a redução da capacidade pulmonar, a piora do controle respiratório e o aumento do índice de massa corporal. Em geral, os idosos apresentam menos sintomas do que os indivíduos mais jovens, o que faz com que a apneia passe despercebida em muitos casos. 

Já o índice de movimentos periódicos de membros durante o sono aumenta sobremaneira com o passar dos anos. Quando esses movimentos causam interrupção do sono, piora de sua qualidade e sonolência configura-se a síndrome dos movimentos periódicos de membros, que pode ser tratada com medicamentos e medidas comportamentais.

Nos idosos, o próprio ritmo circadiano parece sofrer alterações e não são raros os casos de inversão do dia pela noite. Uma das primeiras alterações que podem indicar a iminência de transtornos do sono é a alteração do horário de acordar (muito mais cedo na velhice), além de eventual sensação de cansaço durante o dia que segue a noite mal dormida. Outros problemas musculares e articulares podem surgir com as alterações do sono. 

Os pacientes idosos portadores de demência também costumam apresentar distúrbios do ciclo sono-vigília, e esse distúrbio pode servir até como avaliação do grau de demência; quanto mais alterado for o ritmo sono-vigília, mais intensa a demência. O fato dos pacientes demenciados passarem as noites acordados tem como complicação, não só a saúde do paciente, mas os transtornos que isso acaba produzindo nas pessoas que cuidam deles. 


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono e Site PsiqWeb

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sonambulismo


O sonambulismo consiste em episódios recorrentes nos quais o indivíduo se levanta do sono profundo, pratica movimentos repetidos, sai da cama e caminha, além de mostrar outros comportamentos complexos e automotivos. Normalmente isso acontece no primeiro terço da noite. Cientificamente falando o sono tem estágios, onde em cada um, as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo nível de relaxamento. No caso dos sonâmbulos, estas ondas são irregulares, o que acaba por não desligar completamente a região do cérebro responsável por nossas funções motoras. O hipotálamo, (região do cérebro responsável pela consciência), fica quase inativa, por isso as pessoas sonâmbulas não se lembram de quase nada que fizeram.

A doença é muito comum na infância, entre cinco e doze anos de idade, tendendo a desaparecer aos quinze. O sonambulismo no adulto é uma continuação dos episódios da adolescência. É extremamente raro após a quinta década de vida. Em alguns casos, ocorrem comportamentos muito agressivos.
O sonambulismo e os terrores do sono podem ser desencadeados por vários distúrbios médicos gerais, psiquiátricos e neurológicos, como apneia do sono obstrutiva, movimentos periódicos das extremidades, crises noturnas, doença febril e uso ou abuso de álcool.
Normalmente o sonambulismo, não precisa ser tratado. No entanto em alguns casos que envolvem traumatismos relacionados ao sono é necessário o uso de farmacoterapia (tratamento com medicamentos). Técnicas de auto-hipnose também podem ajudar em casos mais leves e adaptações ambientais para evitar ferimentos.

Vários fatores aumentam a probabilidade de sonambulismo, veja a seguir alguns dos principais:
- uso de sedativos
- consumo de álcool
- distúrbios respiratórios
- estresse excessivo
- ansiedade
- gravidez


Fonte: Blog Odorium e Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Insônia



A insônia é um sintoma que pode ser definido como dificuldade de iniciar e/ou de manter o sono, a qualidade de alerta e bem-estar físico e mental durante o dia, com o comprometimento do desempenho nas atividades diurnas. Fatores ambientais e a higiene do sono inadequada podem não somente iniciar como manter a insônia.

Existem muitas causas listadas de insônia; entre elas, as principais são:
- transtornos do sono, tais como distúrbios de movimentos, especialmente síndrome das pernas inquietas, apneia obstrutiva do sono e síndrome do aumento da resistência das vias aéreas superiores.
- quase todos os transtornos psiquiátricos podem potencialmente levar à insônia. Entretanto, os mais freqüentes são os transtornos de ansiedade e do humor. Depressão e ansiedade são muito prevalentes nas populações e tendem a ocorrer mais frequentemente em mulheres.
- doenças neurológicas, tais como: degenerativas, que possam levar a distúrbios respiratórios do sono, epilepsias, acidentes vasculares encefálicos, demências, entre outras, também levam à insônia, por vezes, de difícil controle.
- tireóide, isquemia cardíaca noturna, doenças respiratórias, particularmente a doença pulmonar obstrutiva crônica e asma, refluxo, doenças reumatológicas, neoplasias, SIDA, etc. podem afetar o sono.
- o uso de determinadas substâncias como estimulantes, alguns antidepressivos, anti-hipertensivos.
- a insônia psicofisiológica ou primária parece ser a mais prevalente, sendo mais comum em mulheres de meia-idade. Decorre de uma tensão somatizada ou aprendida. Observa-se um aumento condicionado do despertar (alerta) ao se deitar para dormir, porém pode adormecer em outras situações monótonas (fora da cama).

O tratamento:
A doença pode ser tratada com medicamentos indutores do sono e pode melhorar com a resolução do fator desencadeante. Entretanto, a insônia crônica, que conta com uma prevalência estimada de 9% a 10%, é mais difícil de tratar. Por se tratar de um distúrbio crônico, os tratamentos costumam ser em longo prazo. Muitas vezes, é um distúrbio recorrente. Observar a causa e tratá-la sempre que possível é fundamental. Os medicamentos mais utilizados têm sido os hipnóticos não benzodiazepínicos, os antidepressivos sedativos e, em menor grau, os benzodiazepínicos, se longo prazo for necessário.  Ainda que se elimine o fator causal ou o fator desencadeante, a insônia pode persistir. Neste caso, é necessária a instituição de tratamentos não farmacológicos que visem à atuação nos fatores predisponentes e perpetuantes da insônia. Estudos mostram que a conjunção do tratamento medicamentoso e não medicamentoso apresenta maior sucesso e menor taxa de recidiva em seguimento de um ano.

Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono