segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CPAP: um tratamento eficaz contra Apneia do Sono


O CPAP (sigla para Contiunous Positive Airway Pressure - Pressão Positiva Contínua Nasal) funciona normalmente como um tratamento ou terapia para pessoas que têm problemas respiratórios como a apneia do sono. Consiste em um equipamento (uma máscara portátil no nariz ou face) com um dispositivo pressórico, ou seja, uma turbina interna que trabalha com fluxo positivo e constante de ar para manter as vias aéreas desobstruídas com conforto e alívio de pressão durante a expiração. Utiliza o próprio ar ambiente e proporciona ao paciente uma respiração semelhante à natural.

Quanto maior o tempo de uso do CPAP, menores são os eventos de apnéia durante o sono e melhor para a saúde do indivíduo. Alguns modelos possuem recursos de cartão de memória para o acompanhamento a longo prazo do paciente.


Fonte: Lumiar Saúde

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Narcolepsia


A narcolepsia é um distúrbio do sono, caracterizada pelo excesso de sonolência durante o dia. Esse episódios ocorrem mesmo quando a pessoa teve uma boa noite de sono. O principal sintoma é a sonolência. Os ataques de sono ocorrem em situações e lugares inusitados como em pé, dentro do ônibus, no carro enquanto se está dirigindo ou até andando nas ruas. Tarefas comuns que exigem concentração também podem despertar as crises.
Muitas pessoas confundem a narcolepsia com outras doenças. As primeiras crises normalmente são desenvolvidas na adolescência, o que faz com qua a doença não tenha tanta atenção pelo ritmo agitado que ocorre nessa faixa etária. Nas crianças, a doença pode causar um baixo rendimento escolar, consequencia do excesso de sono durante o dia. É comum portadores de narcolepsia passarem a vida inteira sem perceber que tem a doença. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes da vigília e que pode prolongar por toda a vida.

Conhecendo a doença:
O sono normal começa com o desligamento muscular (fase do sono de ondas lentas). Após essa etapa, a pessoa entra na fase do sono REM, (onde a atividade do cérebro é intensa e os olhos se movimentam). Os portadores de narcolepsia passam pela etapa do sono de ondas lentas e entram direto, subitamente, na de sono REM. A cataplexia (perda súbita e reversível da força muscular durante a vigília) é o único sintoma patognomônico da narcolepsia. Os outros mais comuns são: a sonolência diurna, anormalidades do sono REM, paralisia muscular e até algumas alucinações. Para o diagnóstico é necessário fazer a polissonografia e o teste de latências múltiplas do sono. O tratamento pode ser feito com remédios indicadas por um médico especialista.
A narcolepsia não é uma doença grave, mas pode trazer risco de vida às pessoas que dirigem, por exemplo, por isso é tão importante o diagnóstico da doença. E lembre-se: ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias que induzem o sono pode piorar o quadro clínico de um paciente. Procure seu médico regularmente.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Apneia Obstrutiva do Sono

A Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma síndrome na qual ocorre resistência das vias aéreas superiores à passagem aérea durante o sono, que leva à parada ou à redução do fluxo respiratório, podendo levar à despertares breves, fragmentação do sono e em última análise eventos isquêmicos (cardíacos e/ou cerebrais). Considera-se patológico o índice de apneia-hipoapneia do sono superior a cinco eventos por hora de sono.

A pessoa deve suspeitar da doença, em primeiro lugar, quando há a presença de ronco. Geralmente ocorrem crises intensas que são percebidas pelos parceiros (as). A associação de roncos intensos e de pausas respiratórias testemunhadas tem uma sensibilidade e especificidade grande na suspeita diagnóstica da SAHOS. A obesidade, ou o sobrepeso, também são agravantes e também determinantes da síndrome.
A hipertensão arterial é a conseqüência cardiovascular mais bem estudada e deve ser questionada em caso do suspeita de SAHOS. Outro sintoma cognitivo muito prevalente é a sonolência excessiva diurna, entretanto, como é uma queixa subjetiva, pode variar de acordo com cada pessoa. Possivelmente, a sonolência excessiva está associada às outras alterações cognitivas. Distúrbio de atenção e concentração, queixas de alteração de memória e humor alterado são comuns em pacientes com SAHOS. Entretanto, a doença pode levar a diversas outras conseqüências, como o aumento de risco de acidentes de trânsito, de trabalho e domésticos. É possível que tais alterações sejam responsáveis pelo aumento de ocorrência de eventos isquêmicos (doença coronariana e acidente vascular encefálico) e pela insuficiência cardíaca a longo prazo.

O exame físico de um paciente com SAHOS e outros distúrbios do sono pode incluir a avaliação da oclusão dentária, a inspeção da cavidade oral com observação da posição relativa do palato e língua, a inspeção da língua, exame de orofaringe, rinoscopia e o exame da válvula nasal. A polissonografia é o exame mais importante para diagnosticar a apneia e distúrbios do sono em geral, mas outros exames também podem ser úteis em alguns casos.

O principal tratamento para a doença em adultos é o uso de aparelhos de pressão positiva contínua nas vias aéreas superiores (CPAP) durante o sono. Antes do início do tratamento, deve ser realizado um exame para se determinar qual a pressão ideal para controlar os eventos respiratórios obstrutivos. Já em alguns casos, o uso de aparelhos intra-orais pode reduzir a frequência de eventos obstrutivos e melhorar a oxigenação corpórea. Em crianças, a etiologia da apneia obstrutiva do sono é frequentemente relacionada à hipertrofia de amígdalas e adenóides, sendo que, nesse caso, a cirurgia é a primeira escolha.


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do sono

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tratamentos com Toxina Botulínica


Há muito tempo a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, vem sendo usada para fins estéticos, mas não é só para isso que ela serve. Aprovada pela Anvisa em 1992 e regulamentada pela lei 9656/98, o uso da toxina revelou-se uma alternativa segura e efetiva para os tratamentos terapêuticos, se indicado corretamente e realizado por um médico com treinamento adequado. A toxina provoca o relaxamento muscular e bloqueia de forma transitória a transmissão neuromuscular. Dependendo da patologia e principalmente da sequela motora, o tratamento pode ser repetido a critério do médico, respeitando o intervalo mínimo de três meses, no sentido de evitar a formação de anticorpos. O tratamento terapêutico possibilita ainda às pessoas, novas experiências de movimentos para uma reeducação mais próxima da funcionalidade. Veja a seguir as principais vantagens, indicações e contraindicações:


Vantagens
Fácil de administrar
Boa difusão intramuscular
Reduz o uso de medicamentos antiespásticos
Melhora as atividades funcionais dos pacientes                 
Pode ser administrada sem anestesia
Não apresenta complicações significativas
Pode retardar ou evitar procedimentos cirúrgicos


Indicações:
A indicação depende da necessidade funcional e da possibilidade real de ganhos para o paciente. Ela pode ser usada como modalidade terapêutica isolada ou associada a outros tratamentos.
A ANVISA, (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprova o uso da toxina botulínica como tratamento médico reabilitador que pode ser usada:

- em dor de cabeça crônica (o efeito não é imediato, mas reduz a intensidade das dores gradativamente após alguns dias do tratamento);
- na contração involuntária da musculatura (o produto ajuda em diversas regiões como a face, pescoço ou coluna cervical);
- no controle da hiperidrose (transpiração excessiva de algumas partes do corpo como palmas das mãos, pés e axilas);
- no aumento do tônus muscular (problema que ocorre quando há espasticidade muscular e que compromete a realização de tarefas diárias);
- em pacientes vítimas de AVC (melhora da dor e espasticidade);
- em pacientes vítimas de TRM (traumatismo raquimedular- lesões medulares)
- em sequelas motoras com predomínio de espasticidade em portadores de paralisia cerebral;
- sialorréia (excesso de salivação) e alguns distúrbios da movimentação ligados à doença de Parkinson;
- bruxismo (é feita a contração excessiva que provoca o fechamento da mandíbula e das arcadas dentárias);
- em distonias cervicais associadas à dor, oro mandibulares, e hemifaciais;
- câimbra do escrivão.


Contraindicações
Gestantes ou mulheres durante o aleitamento materno;
Alergia conhecida ao medicamento;
Miastenias graves (doença neuromuscular que causa fraqueza);
Coagulopatias associados (doenças hemorrágicas);
Infecções no local da aplicação.


Fonte: Laboratório Allergan