Há muito tempo a toxina botulínica,
produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, vem sendo usada para fins
estéticos, mas não é só para isso que ela serve. Aprovada pela Anvisa em 1992 e
regulamentada pela lei 9656/98, o uso da toxina revelou-se uma
alternativa segura e efetiva para os tratamentos terapêuticos, se indicado corretamente e
realizado por um médico com treinamento adequado. A toxina provoca o relaxamento muscular e
bloqueia de forma transitória a transmissão
neuromuscular. Dependendo da
patologia e principalmente da sequela motora, o tratamento pode ser repetido a
critério do médico, respeitando o intervalo mínimo de três meses, no sentido de
evitar a formação de anticorpos. O tratamento terapêutico possibilita
ainda às pessoas, novas experiências de movimentos para uma reeducação mais
próxima da funcionalidade. Veja a seguir as principais vantagens, indicações e
contraindicações:
Vantagens
Fácil
de administrar
Boa
difusão intramuscular
Reduz
o uso de medicamentos antiespásticos
Melhora
as atividades funcionais dos pacientes
Pode
ser administrada sem anestesia
Não
apresenta complicações significativas
Pode
retardar ou evitar procedimentos cirúrgicos
Indicações:
A
indicação depende da necessidade funcional e da possibilidade real de ganhos
para o paciente. Ela pode ser usada como modalidade terapêutica isolada ou
associada a outros tratamentos.
A ANVISA, (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), aprova o uso da toxina botulínica como tratamento médico
reabilitador que pode ser usada:
- em dor
de cabeça crônica (o efeito não é imediato, mas reduz a intensidade das dores
gradativamente após alguns dias do tratamento);
- na
contração involuntária da musculatura (o produto ajuda em diversas regiões como
a face, pescoço ou coluna cervical);
- no controle da hiperidrose
(transpiração excessiva de algumas partes do corpo como palmas das mãos, pés e
axilas);
- no
aumento do tônus muscular (problema que ocorre quando há espasticidade muscular
e que compromete a realização de tarefas diárias);
- em pacientes vítimas de AVC
(melhora da dor e espasticidade);
- em pacientes vítimas de TRM
(traumatismo raquimedular- lesões medulares)
- em sequelas motoras com
predomínio de espasticidade em portadores de paralisia cerebral;
- sialorréia (excesso de
salivação) e alguns distúrbios da movimentação ligados à doença de Parkinson;
- bruxismo (é feita a contração
excessiva que provoca o fechamento da mandíbula e das arcadas dentárias);
- em distonias cervicais associadas à dor, oro mandibulares, e hemifaciais;
- câimbra do escrivão.
Contraindicações
Gestantes ou mulheres durante o
aleitamento materno;
Alergia conhecida ao medicamento;
Miastenias
graves (doença neuromuscular que causa fraqueza);
Coagulopatias associados (doenças
hemorrágicas);
Infecções no local da aplicação.
Fonte:
Laboratório Allergan