Imaginar que em uma
simples caixinha com uma tarja preta possa estar a solução do seu problema é
uma tentação perigosa para quem sofre de insônia
É
hora de dormir, mas o sono não vem. Você se revira na cama e nada. Levanta,
toma um copo de leite para ver se ajuda e, mais uma vez, em vão. Se for apenas
por uma noite, tudo bem, você não se preocupa e recupera o sono no dia
seguinte. Agora imagina passar por essa situação constantemente? Pois é, quem
sofre de insônia sabe muito bem o que é isso. E é aí que mora o problema. A
busca incessante por uma boa noite de sono leva muitas pessoas a
automedicação.
No
entanto, o uso indiscriminado de remédios para dormir é um recurso perigoso que
pode trazer sérias consequências. Todas essas medicações precisam de
acompanhamento clínico periódico para examinar a evolução do tratamento,
comportamento dos sintomas e níveis de tolerância e dependência.
Um
estudo do departamento de farmacologia da Universidade Federal do Paraná
(UFPR), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
constatou que, em 2004, 61% das pessoas que compraram benzodiazepínicos - grupo
de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos e relaxantes
musculares -, em farmácias de Curitiba, tomavam o medicamento há mais de um
ano. O uso contínuo dificulta a interrupção. Na pesquisa, 94% dos pacientes não
foram bem sucedidos ao tentar interromper o tratamento.
O diagnóstico
Os
diversos tipos de medicamentos usados para dormir nunca estiveram tão
populares. Além disso, existem catalogados pela literatura médica 84 distúrbios
do sono de diferentes origens. Para detectar muitos desses distúrbios, é
preciso realizar exames específicos.
Não há contraindicações para fazer a polissonografia, principal exame, não há limite de idade e qualquer um que sofra de algum distúrbio do sono pode fazer tranquilamente. Com base no resultado é que será definido o tratamento ideal para cada paciente. Em algumas ocasiões estes remédios são contraindicados.
Não há contraindicações para fazer a polissonografia, principal exame, não há limite de idade e qualquer um que sofra de algum distúrbio do sono pode fazer tranquilamente. Com base no resultado é que será definido o tratamento ideal para cada paciente. Em algumas ocasiões estes remédios são contraindicados.
Cautela
O
maior risco dos remédios para dormir é a dependência. Com o uso frequente, o
organismo desenvolve uma tolerância ao princípio ativo, fazendo com que uma
dose maior do medicamento seja necessária para que o mesmo faça efeito. No
entanto, se eles forem prescritos com responsabilidade por profissionais e
utilizados em tratamentos, são armas importantíssimas para tratar de distúrbios
específicos. Outros efeitos colaterais observados são alterações na memória,
sonolência diurna, dor de cabeça, náuseas, tontura e disfunção sexual. Por
isso, a dica é não se automedicar e investigar a causa real da insônia.
Fonte:
Revista Corpore