quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Quando o sono não chega

Imaginar que em uma simples caixinha com uma tarja preta possa estar a solução do seu problema é uma tentação perigosa para quem sofre de insônia

É hora de dormir, mas o sono não vem. Você se revira na cama e nada. Levanta, toma um copo de leite para ver se ajuda e, mais uma vez, em vão. Se for apenas por uma noite, tudo bem, você não se preocupa e recupera o sono no dia seguinte. Agora imagina passar por essa situação constantemente? Pois é, quem sofre de insônia sabe muito bem o que é isso. E é aí que mora o problema. A busca incessante por uma boa noite de sono leva muitas pessoas a automedicação. 

No entanto, o uso indiscriminado de remédios para dormir é um recurso perigoso que pode trazer sérias consequências. Todas essas medicações precisam de acompanhamento clínico periódico para examinar a evolução do tratamento, comportamento dos sintomas e níveis de tolerância e dependência. 

Um estudo do departamento de farmacologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), constatou que, em 2004, 61% das pessoas que compraram benzodiazepínicos - grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares -, em farmácias de Curitiba, tomavam o medicamento há mais de um ano. O uso contínuo dificulta a interrupção. Na pesquisa, 94% dos pacientes não foram bem sucedidos ao tentar interromper o tratamento.

O diagnóstico

Os diversos tipos de medicamentos usados para dormir nunca estiveram tão populares. Além disso, existem catalogados pela literatura médica 84 distúrbios do sono de diferentes origens. Para detectar muitos desses distúrbios, é preciso realizar exames específicos.
Não há contraindicações para fazer a polissonografia, principal exame, não há limite de idade e qualquer um que sofra de algum distúrbio do sono pode fazer tranquilamente. Com base no resultado é que será definido o tratamento ideal para cada paciente. Em algumas ocasiões estes remédios são contraindicados.


Cautela 

O maior risco dos remédios para dormir é a dependência. Com o uso frequente, o organismo desenvolve uma tolerância ao princípio ativo, fazendo com que uma dose maior do medicamento seja necessária para que o mesmo faça efeito. No entanto, se eles forem prescritos com responsabilidade por profissionais e utilizados em tratamentos, são armas importantíssimas para tratar de distúrbios específicos. Outros efeitos colaterais observados são alterações na memória, sonolência diurna, dor de cabeça, náuseas, tontura e disfunção sexual. Por isso, a dica é não se automedicar e investigar a causa real da insônia.


Fonte: Revista Corpore  

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O ronco em crianças

Cerca de 12% das crianças roncam habitualmente enquanto dormem. Esse barulho grave que ocorre a cada respiração enquanto dormimos, geralmente incomoda o companheiro de quarto. No entanto, se ele estiver associado às apneias, pode levar a problemas de saúde. O ronco noturno não é importante quando a criança está resfriada ou com sintomas de rinite, mas se ele existe quando a criança ronca mais do que três noites por semana, respira de boca aberta e tem paradas da respiração durante o sono, é necessário uma avaliação mais funda. Nesta eventualidade, a criança pode apresentar um problema de saúde chamado de apneia obstrutiva do sono.
Crianças com garganta estreita e/ou músculos flácidos apresentam um fechamento da garganta durante o sono, levando ao ronco e à apneia. Com isso, o ar não chega aos pulmões, baixando o oxigênio e elevando o gás carbônico do sangue. Esses engasgos noturnos provocam despertares frequentes, alterando a qualidade do sono. Não é surpresa observar que essas crianças apresentam déficit do crescimento, problemas de comportamento, mau aproveitamento escolar e hipertensão arterial.
Reconhecer essas doenças é mais complicado, pois o ronco e os engasgos noturnos ocorrem enquanto os pais estão dormindo. Crianças com amígdalas grandes ou obesas frequentemente roncam, por isso é importante ter um alto grau de suspeita quanto aos sintomas. O diagnóstico é feito através de avaliação clínica com especialista e um estudo do sono com a polissonografia. Felizmente, o tratamento nos pequenos  é mais simples do que em adultos, pois a maioria deles se beneficia da cirurgia para remoção das amígdalas e da adenóide.

Fonte: Blog Einstein 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Os segredos do sono

É do latim a expressão ciclo circadiano (circa + diem = cerca de um dia), que significa - em conceito informal - o mesmo que relógio biológico. Na verdade, o ciclo circadiano de uma pessoa é uma espécie de ritmo regulador do corpo. Mas seu aspecto mais conhecido é o que se refere ao estado de vigília e sono, no ciclo das convencionais 24 horas diárias que movem a rotina das populações do mundo.

Provém do ritmo biológico - ditado pela própria natureza individual - a classificação que se costuma fazer entre pessoas matutinas ou vespertinas (ou noturnas). É possível considerar que talvez residam aí os segredos do estado de sono ou vigília de uma pessoa, a partir de seus instintos naturais para apreciar melhor o dia ou a noite.


Você é matutino ou vespertino?
Os matutinos são aqueles indivíduos que acordam cedo e, pela própria ordem biológica, se sentem animados com a alvorada.  Aqueles que sem despertador, acordam todos os dias às cinco da matina e conseguem realizar um ciclo extenso de atividades rotineiras.
Já os vespertinos - ou noturnos - se mantêm ultraligados noite adentro. São as chamadas "corujas genéticas", pessoas capazes de trocar o dia pela noite, como é comum a escritores, por exemplo, muitos dos quais trabalham a noite inteira, em vigília produtiva permanente. Essas pessoas exercem uma rotina típica com o horário de sono entre quatro e onze horas da manha. Especialistas afirmam que o ritmo de uma pessoa assim deve ser respeitado gerando satisfação natural e ampla produtividade no cumprimento das funções rotineiras.
Como identificar os diferentes grupos
A avaliação desses "portadores de diferentes relógios biológicos" é feita por um questionário que data de 1976, elaborado pelos pesquisadores alemães J. A. Home e O. Otsberg. Os resultados podem demonstrar variações também, já que em cada esfera podem se apresentar exemplos de indivíduos extremos ou moderados, entre os quais aqueles que resistem a longas horas sem dormir.
Também é importante destacar que existem, além dos vespertinos e matutinos, os intermediários - daquela classe de pessoas que se adaptam aos dois tipos de horário: o da noite e o do dia.
O sono possui particularidades e causa impactos na saúde. A falta de sono, por exemplo, pode ser causada como fatores como a ansiedade. A pessoa ansiosa se sente angustiada, nervosa, preocupada, antecipa problemas (e possíveis soluções) e acaba não conseguindo relaxar para dormir. Quando, por fim, consegue adormecer, a qualidade do sono já não é a mesma. A quantidade de sono profundo é reduzida, e a pessoa acorda cansada, como se tivesse trabalhado a noite toda, ou seja, o sono não é reparador.
Também é importante lembrar a questão da hipersonia (tendência a maior intensidade de sono durante o dia, até pelo estado "elétrico" da pessoa de hábitos noturnos em seu horário habitual de vivências). Outro aspecto digno de nota é verificar bem a causa da possível insônia, a fim de que não sejam ministrados medicamentos sem maior necessidade, uma vez que estes trazem malefícios em longo prazo.



Fonte: Yahoo Mulher