Mulheres que sofrem de
apneia do sono durante a gravidez são mais propensas a ter bebês com problemas
de saúde iniciais.
Pesquisadores descobriram que
bebês de mães com apneia do sono, têm maiores chances de passar por um
tratamento intensivo durante o pré-natal. Cientistas da Universidade Case
Western Reserve, em Cleveland, estudaram as gestantes obesas, com e sem apneia.
Eles descobriram que esse
distúrbio também foi associado com maiores taxas de pré-eclâmpsia nas mulheres
com sobrepeso. A complicação da gravidade faz com que a pressão arterial fique
elevada e a proteína saia pela urina. Se a apneia não for tratada, ela pode
evoluir para eclampsia, caracterizada por convulsões. Alguns especialistas acreditam
que a gravidez pode aumentar as chances de desenvolver a apneia do sono,
especialmente no terceiro trimestre devido ao ganho de peso. Membranas nasais
também podem inchar e os vasos sanguíneos podem expandir ao longo dos nove
meses.
Um teste foi realizado com 175
mulheres obesas grávidas usando um dispositivo portátil. Cerca de 61% das
mulheres com apneia tiveram pré-eclâmpsia em comparação aos 39% das mulheres
que não apresentaram o problema. Enquanto
isso, metade dos bebês nascidos das mulheres com apneia tiveram a necessidade
de passar por um tratamento intensivo em comparação as mães com excesso de
peso. De acordo com uma pesquisa do Centro Federal de Controle e Prevenção de
Doenças, uma em cada cinco mulheres nos Estados Unidos são obesas quando
engravidam. Embora muitos estudos tenham avaliado complicações associados com a
obesidade na gravidez – incluindo pressão alta e diabetes gestacional – apneia
do sono tem sido pouco diagnosticada e estudada.
A melhor forma de evitar esses
problemas relacionados com a apneia seria tratar a obsesidade antes da mulher
engravidar, mesmo sendo um problema difícil na maioria dos casos.
Fonte: Porta Terra