terça-feira, 17 de julho de 2012

Bruxismo


É um distúrbio de movimento caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono. Pacientes de todas as idades podem adquirir a doença, e no geral é mais observada em mulheres. Está relacionada totalmente ao alto nível de estresse. Nos dias de hoje o bruxismo tornou-se algo relativamente comum, mas não menos incômodo. 

Caracterizado por contrações repetidas e sustentadas dos músculos da mandíbula, o bruxismo ocorre em cerca de 15% da população. O diagnóstico geralmente é feito depois de surgirem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas na mandíbula e maxilar e outros. Por vezes, a polissonografia ajuda a caracterizar melhor o quadro por meio do registro dos movimentos anormais, dos despertares breves associados e seu grau de severidade.
Quanto ao grau, a doença pode ser considerada leve, moderada ou severa, em que ocorrem evidências de danos às estruturas do sistema mastigatório. O bruxismo pode ser primário ou secundário ao uso de drogas e a algumas doenças clínicas ou psiquiátricas.

O bruxismo noturno é um ato inconsciente que envolve movimentos rítmicos semelhantes aos da mastigação, com longos períodos de contração dos músculos mandibulares, podendo ser a causa da dor muscular e da fadiga. Um alinhamento incorreto dos dentes e o fechamento inadequado da boca costumam estar presentes em grande parte dos casos. A cura total para esse problema ainda é desconhecida. Hábitos como mascar chicletes, morder ou apertar objetos devem ser considerados como um vício concomitante do bruxismo e, portanto, eliminados. O portador da doença deve também visitar constantemente o dentista para que seja acompanhado pelo profissional. 

Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Transtornos do sono em idosos

Estima-se que os transtornos do sono afetam em torno de 50% das pessoas com mais de 65 anos. Um grande número de idosos apresenta alterações na qualidade do sono. Os principais transtornos são a insônia, a apneia do sono e o distúrbio dos movimentos periódicos de membros durante o sono. Alguns fatores específicos ocorrem na insônia do idoso: frequentemente, ela é secundária a distúrbios como a nictúria (perda involuntária da urina) e a dor crônica. 

A apneia do sono aumenta de prevalência com o passar dos anos. Alguns fatores relacionados à idade, são: a redução da elasticidade das vias aéreas superiores, a redução da capacidade pulmonar, a piora do controle respiratório e o aumento do índice de massa corporal. Em geral, os idosos apresentam menos sintomas do que os indivíduos mais jovens, o que faz com que a apneia passe despercebida em muitos casos. 

Já o índice de movimentos periódicos de membros durante o sono aumenta sobremaneira com o passar dos anos. Quando esses movimentos causam interrupção do sono, piora de sua qualidade e sonolência configura-se a síndrome dos movimentos periódicos de membros, que pode ser tratada com medicamentos e medidas comportamentais.

Nos idosos, o próprio ritmo circadiano parece sofrer alterações e não são raros os casos de inversão do dia pela noite. Uma das primeiras alterações que podem indicar a iminência de transtornos do sono é a alteração do horário de acordar (muito mais cedo na velhice), além de eventual sensação de cansaço durante o dia que segue a noite mal dormida. Outros problemas musculares e articulares podem surgir com as alterações do sono. 

Os pacientes idosos portadores de demência também costumam apresentar distúrbios do ciclo sono-vigília, e esse distúrbio pode servir até como avaliação do grau de demência; quanto mais alterado for o ritmo sono-vigília, mais intensa a demência. O fato dos pacientes demenciados passarem as noites acordados tem como complicação, não só a saúde do paciente, mas os transtornos que isso acaba produzindo nas pessoas que cuidam deles. 


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono e Site PsiqWeb