sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Despertar Confusional e Terror Noturno


O despertar confusional é caracterizado por episódios de confusão mental durante ou depois o despertar do sono sem a ocorrência de terror, saída da cama ou caminhar. Os episódios normalmente ocorrem após o sono de ondas lentas, últimos estágios do sono. São mais comuns em crianças menores de cinco anos e se tornam mais raros na adolescência. Raramente ocorrem em adultos.

Já o terror noturno consiste em movimentos agressivos, sentar durante o sono e emitir um grito de terror ou até mesmo de mostrar características comportamentais de terror agudo. Podem ocorrer crises de falta de ar e sudorese. Feridas, lesões e até fraturas podem ocorrer como conseqüência. Assim como no despertar confusional, também ocorre em crianças entre cinco e sete anos de idade, tendendo a desaparecer na adolescência, sendo bem raro em adultos.  O paciente que sofre com esse tipo de distúrbio, geralmente é incapaz de se lembrar do acontecido.
As causas do terror noturno ainda são desconhecidas. Mas a ansiedade extrema, o estresse e situações de conflitos facilitam o aparecimento tanto do terror noturno, quanto o do despertar confusional. Em crianças, a precipitação de eventos traumáticos e distúrbios emocionais podem contribuir para o desenvolvimento das doenças.
Como tratamento para ambos os distúrbios, deve-se incentivar a regularidade e os horários de dormir/despertar evitando a privação de sono. Quanto maior pontualidade dos horários, menor é a freqüência desses problemas. Outra medida é evitar alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros alimentos de difícil digestão à noite. Psicoterapia a longo prazo e hipnose, frequentemente são utilizados.


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Principais alterações no sono em um paciente com depressão


As alterações no sono secundárias ou associadas à depressão podem variar em função: da idade, da gravidade e duração do quadro clínico, da fase do tratamento e etc. Elas não costumam ser específicas e podem ter uma sensibilidade estimada em 70% para o reconhecimento da depressão. Entretanto, quando as alterações na polissonografia ocorrem, diferenciam claramente pessoas normais daquelas com depressão, mas podem ser similares aos achados em outros transtornos psiquiátricos. 

Alguns autores sugerem que tais alterações sejam consideradas marcadores de estado ou de traço. Outros argumentam que as alterações do sono REM podem ser marcadores de vulnerabilidade e de resposta ao tratamento. Depressão pode levar à insônia ou, menos freqüente, à sonolência excessiva diurna. Na polissonografia, observa-se uma latência encurtada para o sono REM, com maior concentração de tal estado na primeira metade da noite e deslocamento consequente do sono de ondas lentas para a segunda metade da noite, situação inversa àquela fisiológica. Além disso, a eficiência do sonho pode estar reduzida por despertares durante a noite, e ainda despertares precoces pela manhã.


Fonte: Revista 50 FAQ –Distúrbios do Sono

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A saúde do seu sono


Todos sabem que nenhuma mente funciona direito sem uma boa noite de sono, mas ainda não se sabe exatamente a função do sono. Várias funções têm sido atribuídas baseadas em estudos com imagens funcionais. Uma hipótese bastante forte é a de que, nos primeiros anos de vida, o sono tenha um papel importante na maturação do sistema nervoso central. Outra é que ele sirva para reposição de energias. A ativação e desativação de determinadas áreas cerebrais cujas funções são conhecidas e associadas a estudos de privação do sono sugerem que tanto o sono de ondas lentas quanto o sono REM possuem importante papel na memória. Um número maior de estudos sugere que o sono REM é importante na consolidação dos processos de aprendizado e memória. Sabe-se, ainda, que as áreas relacionadas ao sono NREM também estão envolvidas em regulação da temperatura corporal, dos processos autonômicos e da regulação do apetite. É fato que, quando dormimos o hormônio do crescimento é secretado.

Acredita-se ainda que é durante o sono que acontece a transposição da memória temporária para a memória permanente. Nem todos sabem, mas uma noite de sono mal dormida, pode afetar muito os resultados da balança.



O sono ocorre em ciclos que incluem: sono não REM (NREM), ou sono lento, e sono REM. Estes dois estados se alternam durante a noite constituindo os ciclos do sono. Observa-se uma alternância de um período de vigília e um período de sono (cerca de 8 horas), no adulto. Estudos recentes mostram que o período de sono está encurtado na maior parte da população e que pessoas ativas e que mantêm mais contato social, tendem a dormir melhor. Os principais sincronizadores do ciclo de vigília/sono são: a luz solar e o convívio social. Recomenda-se também às pessoas que sofrem de “jet lag” por atravessarem fusos horários diferentes, que se exponham à luz solar do dia no local novo e tentem estar ativas durante o dia, a fim de ressincronizar seu ritmo com o do local novo visitado.

Noites mal dormidas podem ser responsáveis por uma maior incidência de acidentes de trabalho e de trânsito. Se o indivíduo não tiver uma boa noite de sono ele estará propenso a alterações no humor, aumento de peso, risco de doenças cardiovasculares, e consequentemente, diminuição da perspectiva de vida. Para cada noite de sono perdida, são necessárias até duas noites de reposição de sono. Estudos provam que a população está dormindo cada vez menos. A preocupação com o tratamento preventivo deve começar na infância e a Associação Brasileira do Sono apresenta dez mandamentos para você dormir melhor. Veja aqui os mandamentos ou acesse: www.clinicadosonorj.com.br 


Fonte: Revista 50 FAQ –Distúrbios do Sono e Revista Superinteressante Online