quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Eletroneuromiografia


Eletroneuromiografia (ENMG) é um exame complementar diagnóstico, que estuda o funcionamento dos nervos periféricos e dos músculos. Ele se divide em duas partes: o estudo da condução nervosa e o eletromiografia. O exame é uma extensão do exame clínico neurológico e fisiátrico.

O  O estudo da condução nervosa é a primeira etapa de eletroneuromiografia convencional. Consiste na aplicação de impulsos elétricos de baixa intensidade nos nervos periféricos com o objetivo de estimulá-los a produzir um potencial de ação que possa ser analisado pelo neurofisiologista clínico. A segunda etapa é representada pelo eletromiografia. Nessa fase, consiste na análise da atividade muscular em repouso e durante a contração.

As principais indicações para o exame são: 
* Doenças do Neurônio Motor (esclerose lateral amiotrófica, poliomielite, atrofia muscular progressiva, atrofia muscular espinhal, doença de Kennedy, Amiotrofia monomélica);

* Doenças das Raízes Espinhais (radiculopatias e polirradiculopatias);

* Doenças dos Plexos (plexopatia braquial e lombossacral, síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica verdadeira);

* Doenças dos Nervos Periféricos (polineuropatias axonais e desmielinizantes, mononeuropatias – Sd. do túnel do carpo, paralisia facial periférica..., trauma de nervos periféricos, mononeuropatias múltiplas);

* Doenças da Transmissão Neuromuscular (Miastenia Gravis, Sd. de Lambert Eaton, botulismo, intoxicação por organofosforados);

* Doenças dos Músculos (miopatias, distrofias musculares e paralisias periódicas).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Síndrome das Pernas Inquietas

A Síndrome das Pernas Inquietas é um distúrbio no qual o indivíduo apresenta uma sensação de desconforto nas pernas, que é aliviada pelo movimento. Ocorrem alterações da sensibilidade gerando agitação motora involuntária dos membros inferiores. Costuma se exacerbar antes de dormir, como conseqüência, o paciente passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado. Em casos mais graves pode chegar a afetar os membros superiores. O diagnóstico é feito pela história clínica e por testes de restrição forçada ou voluntária do movimento. 

Frequentemente, pacientes com Síndrome das Pernas Inquietas apresentam distúrbio de movimentos periódicos de membros durante o sono. Cabe ressaltar, no entanto, que a Síndrome das Pernas Inquietas é um distúrbio da vigília enquanto que o Distúrbio dos Movimentos Periódicos de Membros (DMPM) ocorre durante o sono. A maioria dos pacientes com a Síndrome apresenta distúrbio de movimentos periódicos de membros, no entanto, apenas a minoria dos pacientes com DMPM apresenta a Síndrome. A etiologia da síndrome ainda não está completamente esclarecida. Sabe-se que ela está relacionada à uma disfunção do sistema dopaminérgico. Os principais sintomas da doença são a sensação de desconforto e a necessidade de mover as pernas. A intensidade varia de leve a grave de acordo com cada paciente.

O tratamento e suas complicações:

A síndrome pode ser tratada com medidas comportamentais e farmacológicas (uso de remédios). Os medicamentos dopaminérgicos costumam ser eficazes no tratamento da doença. Alguns antiepiléticos, também são utilizados em algumas ocasiões específicas. A reposição de ferro pode ser eficaz em alguns casos nos quais a deficiência de ferro prejudica a condução dopaminérgica. Medidas comportamentais importantes são a prática do exercício físico e uma boa higiene de sono. Fique atento aos sintomas e procure um médico. A prevenção ainda é o melhor remédio.


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono

Polissonografia



A polissonografia é o exame complementar mais importante para o diagnóstico dos transtornos do sono. Ela consiste no registro de dados relacionados ao sono assistido (durante a noite inteira), com a avaliação de múltiplos parâmetros fisiológicos. Ela tem ainda papel fundamental no diagnóstico diferencial da sonolência excessiva diurna.  Entre os parâmetros inclui-se o registro de variáveis neurofisiológicas e de variáveis cardiorrespiratórias. Também podem ser registrados os roncos e as mudanças da posição corporal.

Os índices percentuais fisiológicos encontrados na Polissonografia normal de um adulto costumam ser: eficiência do sono maior que 85% e latência do sono menor que 30 minutos, entre outros números. No idoso, o exame é usado quando ocorre aumento de microdespertares e/ou redução progressiva do sono. O exame pode auxiliar ainda no diagnóstico diferencial da parassonias, nesse caso, com registro de mais canais e monitoramento por vídeo. O exame é muito útil para monitorização de transtornos de movimentos do sono, tais como bruxismo, movimentos periódicos de membros e etc. 

A polissonografia é indicada para pacientes que apresentam:

- Sonolência Diurna Excessiva;
- distúrbios respiratórios durante o sono como roncos, Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono, etc;
- necessidade do uso do CPAP, aparelho que permite a normalização das apneias durante o período do sono do paciente;
- cirurgia otorrinolaringolica ou bucomaxilar;
- arritmias cardíacas que ocorrem durante o sono;
- distúrbios de comportamento que ocorrem durante o sono como sonambulismo, epilepsias, etc;
- Síndrome de Pernas Inquietas e Movimentos Periódicos dos Membros;
- insônias crônicas;


Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono