sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sonambulismo


O sonambulismo consiste em episódios recorrentes nos quais o indivíduo se levanta do sono profundo, pratica movimentos repetidos, sai da cama e caminha, além de mostrar outros comportamentos complexos e automotivos. Normalmente isso acontece no primeiro terço da noite. Cientificamente falando o sono tem estágios, onde em cada um, as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo nível de relaxamento. No caso dos sonâmbulos, estas ondas são irregulares, o que acaba por não desligar completamente a região do cérebro responsável por nossas funções motoras. O hipotálamo, (região do cérebro responsável pela consciência), fica quase inativa, por isso as pessoas sonâmbulas não se lembram de quase nada que fizeram.

A doença é muito comum na infância, entre cinco e doze anos de idade, tendendo a desaparecer aos quinze. O sonambulismo no adulto é uma continuação dos episódios da adolescência. É extremamente raro após a quinta década de vida. Em alguns casos, ocorrem comportamentos muito agressivos.
O sonambulismo e os terrores do sono podem ser desencadeados por vários distúrbios médicos gerais, psiquiátricos e neurológicos, como apneia do sono obstrutiva, movimentos periódicos das extremidades, crises noturnas, doença febril e uso ou abuso de álcool.
Normalmente o sonambulismo, não precisa ser tratado. No entanto em alguns casos que envolvem traumatismos relacionados ao sono é necessário o uso de farmacoterapia (tratamento com medicamentos). Técnicas de auto-hipnose também podem ajudar em casos mais leves e adaptações ambientais para evitar ferimentos.

Vários fatores aumentam a probabilidade de sonambulismo, veja a seguir alguns dos principais:
- uso de sedativos
- consumo de álcool
- distúrbios respiratórios
- estresse excessivo
- ansiedade
- gravidez


Fonte: Blog Odorium e Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Insônia



A insônia é um sintoma que pode ser definido como dificuldade de iniciar e/ou de manter o sono, a qualidade de alerta e bem-estar físico e mental durante o dia, com o comprometimento do desempenho nas atividades diurnas. Fatores ambientais e a higiene do sono inadequada podem não somente iniciar como manter a insônia.

Existem muitas causas listadas de insônia; entre elas, as principais são:
- transtornos do sono, tais como distúrbios de movimentos, especialmente síndrome das pernas inquietas, apneia obstrutiva do sono e síndrome do aumento da resistência das vias aéreas superiores.
- quase todos os transtornos psiquiátricos podem potencialmente levar à insônia. Entretanto, os mais freqüentes são os transtornos de ansiedade e do humor. Depressão e ansiedade são muito prevalentes nas populações e tendem a ocorrer mais frequentemente em mulheres.
- doenças neurológicas, tais como: degenerativas, que possam levar a distúrbios respiratórios do sono, epilepsias, acidentes vasculares encefálicos, demências, entre outras, também levam à insônia, por vezes, de difícil controle.
- tireóide, isquemia cardíaca noturna, doenças respiratórias, particularmente a doença pulmonar obstrutiva crônica e asma, refluxo, doenças reumatológicas, neoplasias, SIDA, etc. podem afetar o sono.
- o uso de determinadas substâncias como estimulantes, alguns antidepressivos, anti-hipertensivos.
- a insônia psicofisiológica ou primária parece ser a mais prevalente, sendo mais comum em mulheres de meia-idade. Decorre de uma tensão somatizada ou aprendida. Observa-se um aumento condicionado do despertar (alerta) ao se deitar para dormir, porém pode adormecer em outras situações monótonas (fora da cama).

O tratamento:
A doença pode ser tratada com medicamentos indutores do sono e pode melhorar com a resolução do fator desencadeante. Entretanto, a insônia crônica, que conta com uma prevalência estimada de 9% a 10%, é mais difícil de tratar. Por se tratar de um distúrbio crônico, os tratamentos costumam ser em longo prazo. Muitas vezes, é um distúrbio recorrente. Observar a causa e tratá-la sempre que possível é fundamental. Os medicamentos mais utilizados têm sido os hipnóticos não benzodiazepínicos, os antidepressivos sedativos e, em menor grau, os benzodiazepínicos, se longo prazo for necessário.  Ainda que se elimine o fator causal ou o fator desencadeante, a insônia pode persistir. Neste caso, é necessária a instituição de tratamentos não farmacológicos que visem à atuação nos fatores predisponentes e perpetuantes da insônia. Estudos mostram que a conjunção do tratamento medicamentoso e não medicamentoso apresenta maior sucesso e menor taxa de recidiva em seguimento de um ano.

Revista 50 FAQ – Distúrbios do Sono