Existem muitas causas listadas de insônia; entre elas, as principais
são:
- transtornos do sono, tais como distúrbios de movimentos, especialmente
síndrome das pernas inquietas, apneia obstrutiva do sono e síndrome do aumento
da resistência das vias aéreas superiores.
- quase todos os transtornos psiquiátricos podem potencialmente levar à
insônia. Entretanto, os mais freqüentes são os transtornos de ansiedade e do
humor. Depressão e ansiedade são muito prevalentes nas populações e tendem a
ocorrer mais frequentemente em mulheres.
- doenças neurológicas, tais como: degenerativas, que possam levar a
distúrbios respiratórios do sono, epilepsias, acidentes vasculares encefálicos,
demências, entre outras, também levam à insônia, por vezes, de difícil
controle.
- tireóide, isquemia
cardíaca noturna, doenças respiratórias, particularmente a doença pulmonar
obstrutiva crônica e asma, refluxo, doenças reumatológicas, neoplasias, SIDA, etc. podem
afetar o sono.
- o uso de determinadas substâncias como estimulantes, alguns antidepressivos,
anti-hipertensivos.
- a insônia psicofisiológica ou primária parece ser a mais prevalente, sendo mais comum em
mulheres de meia-idade. Decorre de uma tensão somatizada ou aprendida.
Observa-se um aumento condicionado do despertar (alerta) ao se deitar para
dormir, porém pode adormecer em outras situações monótonas (fora da cama).
O tratamento:
A doença pode ser tratada com medicamentos indutores do sono e pode
melhorar com a resolução do fator desencadeante. Entretanto, a insônia crônica,
que conta com uma prevalência estimada de 9% a 10%, é mais difícil de tratar.
Por se tratar de um distúrbio crônico, os tratamentos
costumam ser em longo prazo. Muitas vezes, é um
distúrbio recorrente. Observar a causa e tratá-la sempre que possível é
fundamental. Os medicamentos mais utilizados têm sido os hipnóticos não
benzodiazepínicos, os antidepressivos sedativos e, em menor grau, os benzodiazepínicos,
se longo prazo for necessário. Ainda que
se elimine o fator causal ou o fator desencadeante, a insônia pode persistir.
Neste caso, é necessária a instituição de tratamentos não farmacológicos que visem
à atuação nos fatores predisponentes e perpetuantes
da insônia. Estudos mostram que a conjunção do tratamento medicamentoso e não
medicamentoso apresenta maior sucesso e menor taxa de recidiva em seguimento de
um ano.
Revista 50 FAQ – Distúrbios do
Sono
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