Cerca de 12% das crianças roncam habitualmente enquanto dormem. Esse
barulho grave que ocorre a cada respiração enquanto dormimos, geralmente
incomoda o companheiro de quarto. No entanto, se ele estiver associado às
apneias, pode levar a problemas de saúde. O ronco noturno não é importante
quando a criança está resfriada ou com sintomas de rinite, mas se ele existe
quando a criança ronca mais do que três noites por semana, respira de boca
aberta e tem paradas da respiração durante o sono, é necessário uma avaliação
mais funda. Nesta eventualidade, a criança pode apresentar um problema de saúde
chamado de apneia obstrutiva do sono.
Crianças com garganta estreita e/ou músculos
flácidos apresentam um fechamento da garganta durante o sono, levando ao ronco
e à apneia. Com isso, o ar não chega aos pulmões, baixando o oxigênio e
elevando o gás carbônico do sangue. Esses engasgos noturnos provocam
despertares frequentes, alterando a qualidade do sono. Não é surpresa observar
que essas crianças apresentam déficit do crescimento, problemas de
comportamento, mau aproveitamento escolar e hipertensão arterial.
Reconhecer essas doenças é mais complicado, pois o
ronco e os engasgos noturnos ocorrem enquanto os pais estão dormindo. Crianças
com amígdalas grandes ou obesas frequentemente roncam, por isso é importante
ter um alto grau de suspeita quanto aos sintomas. O diagnóstico é feito através
de avaliação clínica com especialista e um estudo do sono com a
polissonografia. Felizmente, o tratamento nos pequenos é mais simples do que em adultos, pois a
maioria deles se beneficia da cirurgia para remoção das amígdalas e da
adenóide.
Fonte: Blog Einstein

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