quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tratamentos com Toxina Botulínica


Há muito tempo a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, vem sendo usada para fins estéticos, mas não é só para isso que ela serve. Aprovada pela Anvisa em 1992 e regulamentada pela lei 9656/98, o uso da toxina revelou-se uma alternativa segura e efetiva para os tratamentos terapêuticos, se indicado corretamente e realizado por um médico com treinamento adequado. A toxina provoca o relaxamento muscular e bloqueia de forma transitória a transmissão neuromuscular. Dependendo da patologia e principalmente da sequela motora, o tratamento pode ser repetido a critério do médico, respeitando o intervalo mínimo de três meses, no sentido de evitar a formação de anticorpos. O tratamento terapêutico possibilita ainda às pessoas, novas experiências de movimentos para uma reeducação mais próxima da funcionalidade. Veja a seguir as principais vantagens, indicações e contraindicações:


Vantagens
Fácil de administrar
Boa difusão intramuscular
Reduz o uso de medicamentos antiespásticos
Melhora as atividades funcionais dos pacientes                 
Pode ser administrada sem anestesia
Não apresenta complicações significativas
Pode retardar ou evitar procedimentos cirúrgicos


Indicações:
A indicação depende da necessidade funcional e da possibilidade real de ganhos para o paciente. Ela pode ser usada como modalidade terapêutica isolada ou associada a outros tratamentos.
A ANVISA, (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprova o uso da toxina botulínica como tratamento médico reabilitador que pode ser usada:

- em dor de cabeça crônica (o efeito não é imediato, mas reduz a intensidade das dores gradativamente após alguns dias do tratamento);
- na contração involuntária da musculatura (o produto ajuda em diversas regiões como a face, pescoço ou coluna cervical);
- no controle da hiperidrose (transpiração excessiva de algumas partes do corpo como palmas das mãos, pés e axilas);
- no aumento do tônus muscular (problema que ocorre quando há espasticidade muscular e que compromete a realização de tarefas diárias);
- em pacientes vítimas de AVC (melhora da dor e espasticidade);
- em pacientes vítimas de TRM (traumatismo raquimedular- lesões medulares)
- em sequelas motoras com predomínio de espasticidade em portadores de paralisia cerebral;
- sialorréia (excesso de salivação) e alguns distúrbios da movimentação ligados à doença de Parkinson;
- bruxismo (é feita a contração excessiva que provoca o fechamento da mandíbula e das arcadas dentárias);
- em distonias cervicais associadas à dor, oro mandibulares, e hemifaciais;
- câimbra do escrivão.


Contraindicações
Gestantes ou mulheres durante o aleitamento materno;
Alergia conhecida ao medicamento;
Miastenias graves (doença neuromuscular que causa fraqueza);
Coagulopatias associados (doenças hemorrágicas);
Infecções no local da aplicação.


Fonte: Laboratório Allergan

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