A pessoa deve suspeitar da
doença, em primeiro lugar, quando há a presença de ronco. Geralmente ocorrem
crises intensas que são percebidas pelos parceiros (as). A associação de roncos
intensos e de pausas respiratórias testemunhadas tem uma sensibilidade e
especificidade grande na suspeita diagnóstica da SAHOS. A obesidade, ou o
sobrepeso, também são agravantes e também determinantes da síndrome.
A hipertensão arterial é a
conseqüência cardiovascular mais bem estudada e deve ser questionada em caso do
suspeita de SAHOS. Outro sintoma cognitivo muito prevalente é a sonolência
excessiva diurna, entretanto, como é uma queixa subjetiva, pode variar de
acordo com cada pessoa. Possivelmente, a sonolência excessiva está associada às
outras alterações cognitivas. Distúrbio de atenção e concentração, queixas de
alteração de memória e humor alterado são comuns em pacientes com SAHOS.
Entretanto, a doença pode levar a diversas outras conseqüências, como o aumento
de risco de acidentes de trânsito, de trabalho e domésticos. É possível que
tais alterações sejam responsáveis pelo aumento de ocorrência de eventos
isquêmicos (doença coronariana e acidente vascular encefálico) e pela
insuficiência cardíaca a longo prazo.
O exame físico de um paciente com
SAHOS e outros distúrbios do sono pode incluir a avaliação da oclusão dentária,
a inspeção da cavidade oral com observação da posição relativa do palato e
língua, a inspeção da língua, exame de orofaringe, rinoscopia e o exame da
válvula nasal. A polissonografia é o exame mais importante para diagnosticar a
apneia e distúrbios do sono em geral, mas outros exames também podem ser úteis
em alguns casos.
O principal tratamento para a
doença em adultos é o uso de aparelhos de pressão positiva contínua nas vias
aéreas superiores (CPAP) durante o sono. Antes do início do tratamento, deve
ser realizado um exame para se determinar qual a pressão ideal para controlar
os eventos respiratórios obstrutivos. Já em alguns casos, o uso de aparelhos
intra-orais pode reduzir a frequência de eventos obstrutivos e melhorar a
oxigenação corpórea. Em crianças, a etiologia da apneia obstrutiva do sono é
frequentemente relacionada à hipertrofia de amígdalas e adenóides, sendo que,
nesse caso, a cirurgia é a primeira escolha.
Fonte: Revista 50 FAQ – Distúrbios do sono
Nenhum comentário:
Postar um comentário