União à medicina com a
fonoaudiologia permite melhorias no tratamento da apneia
A fonoaudiologia, tradicionalmente conhecida por estudar, tratar e reabilitar
distúrbios de voz é a grande novidade no tratamento dos distúrbios do sono.
Como um dos objetivos da técnica é fortalecer a musculatura da orofaringe, ela
trabalha de forma a complementar os tratamentos tradicionais de quem tem
problemas para dormir, principalmente quem sofre da Síndrome da Apneia
Obstrutiva do Sono. Estima-se que a doença atinja quase 40% da população (dados
do Instituto do Sono da Unifesp).
A apneia do sono é provocada pela obstrução ou estreitamento das vias
respiratórias. Isso pode ser causado pelo relaxamento da musculatura das vias
aéreas superiores. A terapia atua no fortalecimento dessa musculatura e adequa
a respiração nasal diafragmática.
Depois de feitos os exames para identificar o distúrbio do sono, como a
polissonografia, é hora de iniciar o tratamento, e nesse momento a
fonoaudiologia pode ser de grande ajuda, tanto porque fortalece os músculos da
região quanto por ensinar o paciente a respirar melhor.
A terapia é complementar ao tratamento propriamente dito para a apneia.
O tempo que a pessoa irá se submeter à fonoaudiologia depende de cada caso,
tendo uma duração média de três meses. Os exercícios devem ser feitos
diariamente por, no mínimo, 15 minutos, para manter o tônus muscular. Entretanto,
no geral, após o primeiro mês já é possível perceber os resultados.
Apesar do tratamento fonoaudiológico ainda ser novo e pouco conhecido,
os resultados são bem animadores. Na maioria dos casos ocorre uma diminuição
dos índices da apneia, melhora do ronco, diminui a sonolência diurna e faz com
que a pessoa durma melhor. Fique alerta para os principais sintomas e
procure sempre um especialista.
Por: Roberta
Braga
Fonte: Revista
Corpore
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