Alterações
no padrão de sono podem afetar qualquer profissão
Sabemos que dormir é fundamental e
dormir bem é mais importante do que dormir muito. A quantidade de horas de sono
é um fator muito importante, pois depende de uma variação bastante individual.
A qualidade do descanso noturno interfere diretamente nas atividades que serão
realizadas no dia seguinte, por exemplo, no seu ambiente de trabalho.
Acordar com a sensação de que o corpo
está descansado é um sinal positivo de que o seu sono foi restaurador. O humor
também é um alerta importante. Se alguém der bom dia e você pensar: “bom dia só se for para você”, talvez aquelas horinhas
de sono não tenham sido suficientes para reparar as energias que foram gastas
ao longo do dia anterior.
A sociedade nos impõe uma restrição
crônica onde diariamente somos privados de dormir a quantidade de horas ideal
para o nosso organismo se sentir descansado. Nos Estados Unidos há um
termo bastante utilizado para comprovar esse acontecimento, mostrando que cada
vez mais, estamos dormindo menos. É o chamado “24 por 7”, ou seja, 24 horas
funcionando, sem parar, nos 7 dias da semana. E nós somos os grandes culpados
dessa privação, pois cada vez mais encaixamos tarefas no nosso dia-a-dia. Que
horas eu vou ao supermercado depois de trabalhar 12, 14, 20 horas por dia? De
madrugada, afinal funciona 24h. E quem paga por isso é o nosso próprio sono.
O resultado dessa constante privação
pode ser vista na produtividade, no desempenho e no déficit na capacidade de
aprendizado. Alterações no padrão de sono podem afetar qualquer profissão, mas
vale lembrar que no caso de algumas que trabalham com a saúde e a segurança, o
cansaço provocado pela falta de sono pode provocar consequências bem mais
sérias.
Em 2009, um avião caiu em área
residencial nos Estados Unidos, matando 50 pessoas. A investigação apontou que
a provável causa do desastre foi a fadiga dos pilotos, pois os registros
mostraram que eles haviam trabalhado por muitas horas, sem interrupções. Casos
mais antigos e bastante conhecidos como Chernobyl, a explosão do reator nuclear
que ocorreu em 26 de abril de 1986, ocasionou 2.500 mortes. O desastre foi
provocado por erros humanos que ocorreram na madrugada e é considerado um
acidente relacionado à fadiga dos trabalhadores. O mais grave de todo esse
contexto, segundo dois importantes pesquisadores dessa área, Shantha Rajaratnam
e Josephine Arendt, é que a sonolência, em comparação com o uso de álcool e
outras drogas, é considerada a maior causa identificável e EVITÁVEL de
acidentes de trabalho. Por isso o importante não é a quantidade de horas de
sono que você tem, mas a qualidade do mesmo.
Fonte: Veja Viver Bem / Mídia News
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